Guiné Equatorial
- Editor
- 3 de jun. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 23 de jul. de 2024
País localizado na África Central, fazendo fronteira com os países do Gabão, Camarões, Nigéria e São Tomé e Príncipe. O país foi colonizado, a princípio, por Portugal, do século XV ao XVIII, mas a Espanha sempre esteve presente no território, quando num acordo, o Tratado El Pardo, por terras brasileiras, Portugal cedeu o território para Espanha, mas ainda tinha alguns privilégios na navegação.
Depois de um longo período sobre o domínio da Espanha em 1968, há a aprovação da Proclamação da Independência por um ato de referendo.
O espanhol é língua oficial, mas o povo também fala francês e fang – a língua nativa. Em 2023, havia aproximadamente 1 670.000 (hum milhão, seiscentos e setenta mil) habitantes. A religião predominante é o catolicismo. Segundo fontes pesquisadas não há em Guiné Equatorial pobreza extrema, há pobreza, e existem Organizações sem fins lucrativos do estado que acompanham as pessoas em possíveis situações de vulnerabilidade. Observa-se nas que não há quase pedintes ou moradores de rua.
O povo de Guiné Equatorial descende do povo bantu da parte sul do Saara. Eles têm cinco etnias ndowe, fang, bubi, annobenes e bisio. Como em outras partes da África, é permitida ao homem casar-se com mais mulheres, porém não é permitido às mulheres o casamento com mais de um homem. Existe o casamento católico e o casamento tradicional (esse permite o casamento com mais mulheres).
É um país com território insular e continental. Na parte continental encontram-se cinco províncias. A capital é Malabo (antigamente chamada de Santa Isabel, em homenagem a Isabel II de Espanha - ponto de chegada dos colonizadores), na ilha de Bioko. Foi criada a província de Djibloho na Cidade de la Paz (na parte continental), uma outra sede para o governo para estar mais no interior e fazer maior integração, entretanto ainda está em construção; lá também se encontra a nova Universidade Afro-Americana da África Central (AAUCA).
O país está localizado no Golfo de Guiné, banhado pelo Oceano Atlântico, com o clima predominante equatorial quente e úmido, variando com fortes chuvas de setembro a novembro no continente, e nas ilhas de abril a novembro, e períodos mais secos de dezembro a março. Constitui-se de típica floresta equatorial, com bosques e manguezais e vários parques naturais ao longo do país. Em relação à fauna, os gorilas, elefantes, pangolis, leopardos, búfalos africanos, bem como na parte marinha: baleia-azul, orca, diferentes espécies de peixes, dentre outros, são os animais típicos.
Possui uma extensa faixa litorânea banhando todo país. Na parte hídrica, o país tem vários rios, como o Rio Wele com seus afluentes e o estuário de Muní, associado ao clima equatorial úmido, tendo chuvas abundantes na maior parte do ano. Há uma central hidroelétrica em Ntem produzindo eletricidade para toda cidade de Bata.
A base da economia do país atualmente é o petróleo (o ouro negro) e o gás, além do cacau, café e madeira (exploração florestal) para exportação, bem como a pesca artesanal (dividida entre pesca artesanal fluvial e marítima), agricultura (mandioca e banana macho), a as refinarias de petróleo, gás natural e gás líquido e alguns produtos manufaturados por conta da indústria de transformação como bebidas: os sucos, cervejas e água, os enlatados e conservas, os iogurtes nacionais. O país também importa muitos produtos, principalmente da Espanha, tornando-os caro para o consumidor local.
Curiosidades:
1. Apesar de não falar português, desde 2014 faz parte da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa composta por nove países-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, Timor-Leste. Ainda assim país adotou o ensino de português nas escolas públicas.
2. Para andar pelo território precisa ter um visto de autorização para sair de uma cidade e ir para outra, pois existem diferentes barreiras políticas que impedem a entrada e saída de estrangeiros sem esse documento que é tirado no Ministério de Cultura, Turismo e Promoção Artesanal (MCTPA).
3. A moeda, assim como outros países da África Central Francesa, é o franco CFA. O país para crescer precisava entrar para zona franca, o que foi concedida pela França em 1985, mas foi necessário o presidente do país aceitar esta moeda como nacional, porque segundo estudos dos economistas, continuar com a moeda nacional seria ter problemas econômicos com os países fronteiriços, o que acarretaria em pagar mais impostos e perder comercialização com eles.
4. O país recebe muitos imigrantes como os libaneses, os beninos, os chineses, camaroneses os quais vem trabalhar no comércio ou na área de infraestrutura.

Passeio Marítimo – Bata

Comércio Chinês – Bata

Prédio típico espanhol – Mbini

Estuário Muní – fronteira do lado esquerdo Gabão e do lado direito Guiné Equatorial